Como reconhecer um cristão?

05/12/2014 09:15

Será que somos como "extraterrestres" neste mundo? Provavelmente.
 
No começo da era cristã, quando ainda éramos poucos, as pessoas sabiam nos reconhecer. Podiam fazer isso com muita facilidade.
 
Éramos como uma tocha que ia iluminando a escuridão, um mar de esperança no qual muitos queriam navegar. Bastava ver-nos para saber que seguíamos Jesus. Tínhamos um selo distintivo: o amor.
 
Penso nisso com muita frequência, bem como nestas palavras de Jesus: "Digo-vos a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, abençoai os que vos maldizem e orai pelos que vos injuriam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra. E ao que te tirar a capa, não impeças de levar também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames" (Lucas 6, 27-30)

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Li recentemente a vida de um santo sacerdote que foi assaltado enquanto ele cruzava um bosque: "Dê-nos tudo o que você tem". E o santo esvaziou os bolsos. Quando foram embora, o santo os chamou: "Esperem! Achei outra moeda e não quero mentir". Comovidos com este gesto, os ladrões se ajoelharam na frente do padre, pedindo-lhe perdão. Devolveram-lhe tudo e lhe prometeram mudar de vida.
 
Lembro-me de um amigo que disse, certa vez: "No meu coração existe um selo. Neste selo está escrito 'Jesus'". De fato, este é o distintivo que deve identificar cada cristão. Ter Jesus no coração e na alma. Atrever-nos a ser diferentes por Jesus. Fazer as coisas por Jesus.
 
Passei a manhã pensando nisso: "Se Jesus voltasse hoje, como reconheceria os cristãos? O que nos diferencia?".
 
Fui a uma missa na qual o padre falou disso (adoro essas coincidências divinas). Duas coisas me impressionaram do que ele disse: "Até no jeito de caminhar se deve reconhecer um cristão" e "o cristão sempre está à escuta de Deus".
 
Durante a comunhão, o coral cantou: "Se eu não tiver amor, nada sou". Ao chegar em casa, procurei a Carta de São Paulo aos Coríntios.
 
Fiz um pequeno teste, que você pode fazer também: troquei a palavra "amor" pela palavra "cristão". E, então, li:
 
"O cristão é paciente, o cristão é bondoso. Não tem inveja. O cristão não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade."
 
Foi aí que entendi o que nos diferencia: o amor.
 
Aprendi, ao longo da minha vida, que tudo o que fazemos por Jesus vale a pena. É verdade: Jesus fica encantado com cada detalhe que você faz por Ele. Quando você pensa nele e o tem presente em sua vida, Ele fica muito feliz.
 
A Mare Teresa de Calcutá tinha o segredo que faltava na minha busca: "Por que vocês fazem estas coisas?" perguntaram-lhe. E ela respondeu: "Nós fazemos isso por Jesus".
 
Faça a mesma coisa. Você não vai se arrepender. E quando alguém lhe perguntar, você poderá responder do mesmo jeito: "Faço isso por Jesus".

ALETEIA